Folha de S. Paulo


Economia em alta não se reverte em ganho eleitoral

O bom desempenho econômico da Colômbia não está sendo revertido em votos para o presidente Juan Manuel Santos, candidato à reeleição no próximo domingo.

Antes favorito para vencer o pleito, Santos vê sua popularidade despencar, e a taxa de rejeição a seu nome começa a beirar os 60%.

"Ele não soube fazer propaganda dos seus sucessos. Por outro lado, esses números não dizem tudo, pois a Colômbia ainda é um país muito desigual e há setores que estão fora desse mapa", diz Carlos Gallo, analista da Universidad de Los Andes.

Nos últimos meses, os trabalhadores do campo realizaram greves e protestos nas ruas das grandes cidades colombianas.

Entre outras coisas, pediam medidas protecionistas para a produção local.

"O país precisa resolver a encruzilhada de qual modelo econômico quer para setores como a mineração e a agricultura. Nessas áreas não há inclusão, e a população está muito vulnerável", diz Juan Camilo Cárdenas, também da Universidad de Los Andes.

Na semana passada, a paralisação foi dos professores das escolas públicas, deixando cerca de 9 milhões de alunos sem aula. A reivindicação dos docentes era por melhores salários, uma assistência de saúde mais abrangente e por mudanças no sistema de avaliação dos profissionais, que serve de base para definir promoções.

Editoria de Arte/Folhapress

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