Folha de S. Paulo


Ex-premiê Ehud Olmert é condenado a seis anos de prisão por corrupção

Ehud Olmert, 68, ex-premiê israelense, foi sentenciado hoje a seis anos de prisão pela acusação de corrupção em um escândalo imobiliário. Essa é a primeira condenação criminal de um ex-primeiro-ministro de Israel.

Na avaliação do juiz David Rozen, do distrito de Tel Aviv, ter aceito suborno enquanto Olmert era o prefeito de Jerusalém -entre 1993 e 2003- equivale à traição.

O ex-premiê de Israel recebeu, ainda, uma multa equivalente a quase R$ 650 mil.

"O acusado serviu como primeiro-ministro. A partir dessa alta e honrada posição, ele foi condenado pelos mais desprezíveis e graves crimes", afirmou o juiz.

Olmert nega a acusação de ter recebido dinheiro durante a construção dos edifícios Holyland, conhecidos na cidade pela arquitetura deselegante de seus prédios, desproporcionalmente grandes e interligados no topo.

A condenação de Olmert deve terminar de enterrar a carreira política do ex-premiê, que havia renunciado ao cargo em outro escândalo, em 2008, do qual foi posteriormente inocentado.

De acordo com a acusação, o ex-premiê israelense recebeu o equivalente a R$ 320 mil durante a construção de Holyland e R$ 40 mil durante uma outra ocasião.

A defesa de Olmert poderá recorrer à decisão até que o ex-premiê se apresente à detenção, em 1º de setembro.

Durante seu mandato como premiê, entre 2006 e 2009, Olmert travou as guerras do Líbano (2006) e de Gaza (2008). Ele também participou das negociações de paz com os palestinos.


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