Folha de S. Paulo


Segurança de Nicolás Maduro é morto a tiros na Venezuela

O tenente do Exército e membro do grupo de segurança pessoal do presidente venezuelano Nicolás Maduro, Marco Antonio Cortez, 29, foi morto neste domingo pela manhã em uma rodovia na região metropolitana de Caracas.

O agente foi assassinado com três tiros, por volta das 5h no horário local (6h30 em Brasília), quando estava em seu carro acompanhado de sua mulher e de um irmão. Os dois não foram feridos.

Segundo o Ministério Público, que já determinou uma investigação sobre o caso, Cortez foi atingido por tiros vindos de um outro carro.

O diário "El Universal" informou que ele pode ter sido atacado por homens que queriam roubar seu carro.

Cortez trabalhava na segurança da Presidência da República havia seis anos. Ele também fez parte do círculo de proteção do presidente Hugo Chávez (1954-2013).

O tenente é o 46º funcionário do governo a ser assassinado em Caracas neste ano.

Mais cedo, a partir de fontes extraoficiais da polícia científica, o "El Universal" disse que foram registrados 4.680 homicídios no país entre janeiro e abril deste ano -média de 39 mortes por dia.

Projetado para o ano todo, o número equivaleria a 14.040 assassinatos, ou 48,5 homicídios para cada 100 mil habitantes.

O governo venezuelano afirma que em 2013 a taxa de mortes violentas foi de 39 por 100 mil habitantes. Para a ONG Observatório Venezuelano de Violência, porém, o indicador ficou em 79 por 100 mil habitantes, o que representa 25 mil homicídios.

IMPRENSA

Ontem, o Colégio Nacional de Jornalistas (CNP) informou que 190 empregados do setor foram vítimas de agressões neste ano. Desse total, 140 são jornalistas que estão no exercício da profissão.

Segundo Tinedo Guía, presidente do CNP, os jornalistas do país foram vítimas de "agressões físicas, processos judiciais viciados, detenções arbitrárias e do pior crime feito pelo governo, a censura de informações".

Trabalhadores da estatal Cantv denunciaram que a empresa vem aplicando "testes ideológicos" para promover empregados.

O objetivo dos questionários, segundo informaram os funcionários da rede, seria avaliar até que ponto os trabalhadores estão comprometidos com o "socialismo do século 21".


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