Folha de S. Paulo


John Kerry visitará Kiev para demonstrar apoio à Ucrânia

O secretário de Estado americano, John Kerry, irá visitar Kiev na terça como um gesto de apoio e de aproximação ao novo governo ucraniano, divulgou o governo dos EUA nesta tarde.

O anúncio veio horas depois de Kerry recriminar publicamente a Rússia, que está agindo ativamente na crise política ucraniana.

Na manhã de hoje, o secretário de Estado disse em entrevista ao canal de televisão NBC que se a Rússia continuasse com uma campanha militar no país vizinho, o presidente Vladimir Putin poderia "sair perdendo".

"Não vai ter um G8 de Sochi", em referência à reunião de países industrializados que o presidente russo pretende sediar em junho. "Pode ser que ele [Putin] nem continue no G8 se isso continuar."

O secretário de Estado americano tinha para terça uma viagem agendada ao Líbano, onde teria uma reunião internacional, mas irá à Ucrânia pela primeira vez no cargo.

Kerry se encontrará com líderes locais e terá conversa com o Parlamento do país, segundo um funcionário do alto escalão do governo americano disse ao "New York Times". "Ele discutirá ações práticas de como apoiar a Ucrânia politicamente", disse o funcionário da equipe de Kerry.

A resposta americana vem um dia depois de a Rússia ter aprovado o envio de tropas às Crimea, região ucraniana cuja maioria da população tem origem russa e apoia o presidente deposto, Viktor Yahukovich.

O presidente Obama classificou as práticas russas de "quebra de leia internacionais".

Cooperação com Alemanha
Enquanto isso, Alemanha e Rússia criaram uma nova frente de mediação para o conflito ucraniano. O governo alemão divulgou hoje que a premiê Angela Merkel havia feito uma proposta ao presidente russo, Vladimir Putin, para montar uma equipe de checagem em solo ucraniano.

A equipe deve ser liderada pela Organização para Segurança e Cooperação na Europa, afirmou um porta-voz do governo da Alemanha.

A chanceler alemã, Angela Merkel, acusou Putin de violar a legislação internacional com a "inaceitável intervenção russa" na Ucrânia, disse o porta-voz.


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