Folha de S. Paulo


Saiba mais sobre a crise entre Ucrânia e Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu à câmara alta do Parlamento russo que aprove o envio de forças armadas à região da Crimeia, na Ucrânia.

Embora tenha maioria étnica russa, a Crimeia é uma região autônoma pertencente à vizinha Ucrânia.

Entenda mais sobre a crise:

1. Como começou a crise na Ucrânia?
Em novembro de 2013, o então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, se recusou a assinar um acordo com a União Europeia, priorizando as relações com a Rússia. Em troca, recebeu a promessa de um pacote de ajuda de US$ 15 bilhões de Moscou, além da redução do preço do gás importado dos russos. Milhares de pessoas foram às ruas de Kiev e outras cidades para protestar contra a decisão

2. Qual foi a reação do governo?
O governo aprovou leis que limitavam as manifestações e reprimiu com violência a ocupação de praças e prédios públicos. Em fevereiro, ao menos 82 pessoas morreram em confrontos entre ativistas e as forças de segurança

3. Como o presidente perdeu o cargo?
Em 22 de fevereiro, um dia após ter acordado concessões com a oposição, Yanukovich deixou a capital, Kiev, e o palácio presidencial e outros prédios governamentais foram ocupados por milícias. O Parlamento, também cercado, decidiu afastá-lo do cargo. Um governo interino começou a ser montado e eleições foram convocadas para maio deste ano

4. Por que a instabilidade continuou após a queda de Yanukovich?
A população das regiões leste e sul do país, especialmente da Crimeia, foi às ruas para protestar contra o que consideram um golpe de Estado em Kiev. A Rússia, aliada de Yanukovich e com interesses na região, também condenou a medida

5. Quais os interesses da Rússia na Ucrânia?
A ex-república soviética é rota de diversos gasodutos que transportam o gás russo para a Europa. Além disso, a Rússia mantém uma base militar estratégica na Crimeia, região ucraniana onde a maioria da população tem origem russa


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