Folha de S. Paulo


Candidato governista diz que lutará contra crime organizado em El Salvador

Durante a guerra civil em El Salvador, Sanchez Cerén era conhecido como "comandante Leonel González". Os tempos de militância guerrilheira vão longe, mas o vice-presidente da gestão atual e ex-professor de escola rural diz que, se necessário, irá à linha de frente contra o crime organizado.

Em entrevista à Folha, disse que manterá os planos de assistência social de Maurício Funes. Leia, abaixo, os principais trechos.

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Folha - Quais os êxitos da gestão Funes que pretende continuar?

Sanchez Cerén - O governo da FMLN é o que mais investiu em programas sociais, comparado com os anteriores. Criamos programas exitosos, como o Vaso de Leche e o Paquetes Escolares, que permite que as crianças permaneçam mais tempo na escola. Além do Títulos de Propriedade, que permite que camponeses sejam donos de sua terra, e o Ciudad Mujer, que dá protagonismo às necessidades das mulheres salvadorenhas.

Entre as principais preocupações dos salvadorenhos está a insegurança. O que o sr. propõe nessa área?

Na gestão anterior, conseguimos reduzir o número de homicídios, sequestros e extorsões. Deixamos de ser o país mais violento do mundo ao passar de uma taxa de 70 homicídios por 100 mil habitantes, em 2009, a uma taxa de 32,2 para cada 100 mil. Essa tendência se mantém e nos esforçaremos para seguir reduzindo o número.

Como pretende combater as guerras entre gangues?

Esse é um assunto regional em que há avanços alcançados por meio de um trabalho policial mais eficiente. Nossa estratégia é a correta. Apoiaremos as famílias, investiremos nas comunidades e na educação, além da criação de empregos.

Por outro lado, o Estado será forte na condução da polícia. Além disso, estarei à frente. Estou pronto para lutar contra as redes de extorsão e delinquência.

Como pretende combater o tema da imigração clandestina?

Isso tem a ver com criar oportunidades em El Salvador. Trabalharemos para que os jovens tenham mais oportunidades. Foi no nosso governo que os salvadorenhos que vivem no exterior lograram o direito de votar e influir na política.

A democracia está solidamente instalada no país?

Durante o século 20, El Salvador experimentou poucos e curtos períodos de democracia. Por muitos anos, a um pequeno grupo não interessava ter um Estado como o que temos hoje.


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