Folha de S. Paulo


Michoacán é a origem da luta contra o tráfico

A atual guerra do governo mexicano contra o narcotráfico teve início em 2006, justamente na região de Michoacán, uma das mais afetadas pela presença dos cartéis da droga.

Uma grande operação que reuniu Exército, polícia e Marinha foi anunciada pelo então presidente conservador Felipe Calderón (PAN) como solução para debelar o crime organizado que tomava controle dos governos regionais.

Oito anos depois, a ação é considerada por muitos analistas como frustrada. O conflito, que até então atuava na base dos pactos regionais e corrupção, mas que matava menos, tornou-se mais violento.

Estimativas de grupos de direitos humanos estabelecem o número de 80 mil mortos em consequência da guerra. Para o governo, são 50 mil.

Desde 2012, quando o PRI voltou ao poder, uma nova estratégia foi anunciada. O governo não baixaria a guarda, mas optaria por uma reformulação da Polícia Militar e adotaria estratégias usadas na Colômbia.

Foi chamado como assessor para assuntos de segurança Óscar Adolfo Naranjo Trujillo, general aposentado da Polícia Nacional da Colômbia.

A experiência não durou muito tempo, mas a oposição a Peña Nieto acusa Naranjo de ter semeado a ideia da montagem das "autodefensas" contra o narcotráfico.

Pelo menos 15 cartéis, cada um com subfacções, se engalfinham no território mexicano.


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