Folha de S. Paulo


Primeiro-ministro da Índia descarta concorrer a terceiro mandato

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, descartou nesta sexta-feira concorrer a um terceiro mandato, independente do resultado das eleições parlamentares de maio. No cargo desde 2004, ele sinalizou que deve apoiar Rahul Gandhi, filho de sua antecessora Sonia.

A popularidade de Singh, obtida em grande parte com as reformas aplicadas quando era ministro das Finanças na década de 1990, foi abalada por uma série de escândalos de corrupção e pela desaceleração da economia, apesar das políticas de seu governo a favor dos mais pobres.

Em discurso no Parlamento, o atual chefe de governo afirma que, mesmo se seu partido for vitorioso, deseja passar o cargo a um novo primeiro-ministro. Para ele, é necessário que a Índia seja chefiada por uma nova geração de políticos.

Nesse sentido, deu a entender que daria seu apoio à ascensão de Rahul Gandhi, 43, filho de Sonia e Rajiv Gandhi, ambos ex-primeiros-ministros. "Rahul Gandhi tem excelentes credenciais para ser nomeado candidato e espero que nosso partido o designe no tempo apropriado".

De acordo com as pesquisas, o Partido do Congresso tem poucas possibilidades de vencer as eleições de maio e deve ser derrotado pelo partido de oposição Bharatiya Janata Party, dirigido por Narendra Modi. Os rivais de Singh fazem campanha para recuperar a economia indiana e dar fim à corrupção no governo.

O primeiro-ministro, no entanto, considera que a eleição de Modi como primeiro-ministro "seria um desastre para o país". Ex-governador de Gujarat, o líder nas pesquisas tem a oposição dos muçulmanos, que o acusam de comandar a repressão contra os islâmicos, que terminou com a morte de mil pessoas.


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