Folha de S. Paulo


Putin visita Volgogrado e diz que ataques terroristas são indefensáveis

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez uma visita surpresa nesta quarta-feira a Volgogrado, cidade no sudoeste do país que passou por dois atentados no domingo (29) e na segunda (30), que deixaram 33 mortos. Para o mandatário, ações de grupos terroristas são indefensáveis.

"Os crimes abomináveis que ocorreram aqui não precisam de nenhum comentário. Dá no mesmo como eles [grupos terroristas] justificam suas ações. Não há justificativa para os crimes contra civis, especialmente contra as mulheres e as crianças".

Alexei Nikolskiy/Reuters
Putin cumprimenta paciente de hospital ferido em ataque em Volgogrado; presidente russo disse que atentados são indefensáveis
Putin cumprimenta paciente de hospital ferido em ataque em Volgogrado; presidente russo disse que atentados são indefensáveis

Em reunião com autoridades da cidade e membros do governo, o chefe de Estado pediu que sejam analisadas as medidas tomadas em Volgogrado e em todo o país para "garantir a segurança dos cidadãos". Na noite de terça (31), ele prometeu que continuará a lutar contra o terrorismo até que seja completamente eliminado.

Pela primeira vez em vários anos, o chefe do Kremlin ordenou o reforço da segurança em todo o território nacional e deu início a uma operação em todo o país com a convocação de 5.200 policiais e forças de segurança só em Volgogrado.

O chefe do Kremlin ordenou ao Comitê Nacional Antiterrorista, que coordena o trabalho de todas as forças de segurança do país na luta contra o terrorismo, que reforce os protocolos de segurança em todo o território nacional para prevenir novos ataques.

No domingo (29), a estação de trem da cidade foi atingida por uma explosão provocada por um terrorista suicida, deixando 18 mortos. Um novo homem-bomba detonou explosivos em um trólebus na segunda (30), matando 15 passageiros.

Segundo a agência de notícias Interfax, o principal suspeito do ataque de domingo é um homem de etnia russa que se converteu ao islamismo e se mudou para a república separatista do Daguestão em 2012 para aderir a grupos radicais. Também era o homem o terrorista suicida que atacou o trólebus na segunda.

A explosões acontecem a seis semanas das Olimpíadas de Inverno de Sochi, resort próximo ao mar Negro e a repúblicas separatistas.


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