Folha de S. Paulo


Coreia do Norte reforça fronteira por temer fugas, diz Seul

Os guardas de fronteira da Coreia do Norte estão em alerta máximo, encarregados de vigiar a fronteira de mais de 1.400 km que separa o país da China e deter os que tentarem escapar. A informação foi divulgada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Segundo a agência, Pyongyang também enviou agentes à China para, em parceria com as autoridades locais, identificar norte-coreanos que tenham desertado e enviá-los de volta.

O suposto reforço fronteiriço por parte da Coreia do Norte acontece depois da execução de Jang Song-thaek, tio do ditados Kim Jong-un, que representou a principal mudança política no Estado comunista desde a morte de Kim Jong-il, há pouco mais de dois anos.

VIAGEM

Milhares de norte-coreanos tentam fugir cada ano à mais próspera Coreia do Sul. Para isso, empreendem um périplo de milhares de quilômetros, que começa atravessando a fronteira rumo à China.

Os desertores devem evitar os controles policiais da China –que não reconhece o status de refugiado e os repatria– e percorrer milhares de quilômetros até alcançar um terceiro país, geralmente Tailândia ou Laos, onde pedem asilo na embaixada sul-coreana, que providencia a viagem a Seul.

Mais de 26 mil norte-coreanos conseguiram escapar de seu país nas últimas seis décadas e instalar-se na Coreia do Sul.


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