Folha de S. Paulo


Presidente venezuelano se encontra com Fidel em Cuba

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (24) que teve boas e longas conversas com o ex-ditador cubano Fidel Castro durante a visita que fez a Havana entre o fim de semana e a segunda-feira passados.

"Tivemos bons encontros, longos encontros de conversa e trabalho com o comandante Fidel Castro", disse Maduro em sua mensagem natalina direto do palácio presidencial de Miraflores transmitido em cadeia obrigatória de rádio e televisão.

Maduro comentou que chegou a Caracas "no meio do dia" direto de Havana, onde se reuniu também com seu colega Raúl Castro.

Fotografias e vídeos da reunião entre Maduro e Raúl Castro foram publicadas ontem pela mídia cubana, que informou que os dois conversaram sobre "temas da agenda internacional e regional".

Maduro viajou a Cuba acompanhado da mulher, Cilia Flores, para uma visita que não tinha sido anunciada previamente.

Reuters
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o ex-ditador cubano Fidel Castro observam um mapa em encontro em Havana
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o ex-ditador cubano Fidel Castro observam um mapa em encontro em Havana

O presidente venezuelano disse que na segunda-feira, ainda em Cuba, recebeu as famílias de "cinco heróis lutadores antiterroristas, quatro deles ainda sequestrados em prisões do império" em alusão aos cinco cubanos condenados por espionagem nos EUA em 2001.

Maduro se referiu a eles como "lutadores antiterroristas" e disse ter certeza que "mais cedo ou mais tarde estarão nas ruas livres de Havana e Caracas".

E contou que recebeu um presente "formosíssimo" de um dos cinco, Antonio Guerrero, um retrato do presidente venezuelano Hugo Chávez pintado pelo agente na prisão nos Estados Unidos.

O jornal "Granma" informou hoje que Maduro se reuniu com René González, o único preso que já está em liberdade do grupo dos cinco.

Sob o mandato de Chávez, morto em 5 de março, a Venezuela se tornou o principal aliado político e econômico de Cuba. Desde 2000 os governos mantêm um convênio que foi ampliando paulatinamente até abranger temas de todo tipo, incluído um energético pelo qual a ilha recebe 100 mil barris diários de petróleo da Venezuela.


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