Folha de S. Paulo


Líder sul-africano diz que Mandela é símbolo de 'país de oportunidades'

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, afimou durante o evento em homenagem a Nelson Mandela, em um estádio em Johannesburgo, que o líder morto na semana passada simbolizou o sonho de um país com igual oportunidades.

"Não chamamos Madiba de pai da nossa nação arco-iris apenas por questóes políticas. Mas sim, porque ele simboliza a África do Sul de nossos sonhos: livre, prospera e democrática", declarou Zuma, no discurso que fechou o ato em memória de Mandela, chamando-o por seu apelido.

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Bastante vaiado durante o evento, Zuma, que enfrenta uma reeleição no ano que vem, tentou capitalizar a identificação política com Mandela -ambos ligados ao Congresso Nacional Africano, o partido do poder no país.

"Além de presidente da África do Sul, Mandela foi também presidente do mais antigo movimento de libertação do continente, o Congresso Nacional Africano", declarou.

Ao começar seu discurso, Zuma fez referência a uma popular canção sul-africana, que diz em seu refrão que "não há ninguém como Mandela".

"Todos nós temos um momento Mandela, quando esse ícone global tocou nossas vidas", afirmou.

A cerimônia não foi fácil para Zuma, desgastado com a má situação econômica e os escândalos de corrupção. Além de vaiar, grande parte da audiência no estádio FNB, em Johannesburgo, fazia um movimento com os dois braços que jogadores de futebol realizam quando querem ser substituídos durante a partida. O recado: é preciso substituição no governo.


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