Folha de S. Paulo


Radicais islâmicos sequestram dois jornalistas espanhóis na Síria

Militantes ligados à rede terrorista Al Qaeda sequestraram em setembro um jornalista espanhol e um fotógrafo em uma cidade controlada pelos rebeldes no leste da Síria, informou o jornal "El Mundo" nesta terça-feira.

O repórter Javier Espinosa e o fotógrafo Ricardo García foram levados pelo grupo rebelde Estado Islâmico do Iraque e do Levante em 16 de setembro em um ponto de verificação de Raqqa, que foi tomada pelos rebeldes islâmicos em março, segundo o jornal.

Espinosa, um repórter do "El Mundo", e García, um fotógrafo freelance, encontravam-se a poucos quilômetros da fronteira com a Turquia e tentavam deixar a Síria quando foram sequestrados. O incidente não havia sido relatado até agora por causa das negociações com os rebeldes, disse o jornal.

Os sequestradores não disseram o que queriam em troca dos homens e o "El Mundo" não informou porque decidiu divulgar os sequestros nesse momento. Ambos os homens são jornalistas veteranos que cobriam o conflito na Síria desde o início e viajaram para a região cerca de dez vezes.

CONFRONTO

Nesta terça, o Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que 12 pessoas morreram no choque entre milicianos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, vinculados à rede terrorista Al Qaeda, e a Frente Islâmica.

Segundo o grupo opositor, sediado em Londres, as mortes ocorreram após os membros do Estado Islâmico prenderem uma pessoa procurada pelo tribunal muçulmano clandestino criado na Província de Aleppo, no norte do país.

Quando a Frente Islâmica negociava a libertação do acusado, os combatentes sequestraram o líder local do Estado Islâmico, gerando o conflito. Dos mortos, cinco pessoas pertenciam ao Estado Islâmico e outros sete à Frente Islâmica.


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