Folha de S. Paulo


África do Sul pede que líderes não viajem para funeral de Mandela em Qunu

O governo da África do Sul recomendou nesta segunda-feira aos quase cem chefes de Estado e de governo que viajarão ao país para homenagear Nelson Mandela que não estejam no próximo domingo ao funeral de Estado do ex-presidente na pequena cidade de Qunu, devido à falta de infraestrutura.

"Ninguém será impedido de comparecer. No entanto, recomendamos não ir pela envergadura da operação e pelo tamanho das delegações devido à limitada infraestrutura na região", declarou aos jornalistas o ministro sul-africano da Presidência, Collins Chabane, em Johanesburgo.

O local de Qunu no qual Mandela será enterrado no próximo domingo consegue abrigar apenas cinco mil pessoas.

Segundo Chabane, citado pela agência de notícias sul-africana "Sapa", não há capacidade para receber mais gente porque esse lugar se encontra em uma área pouco desenvolvida.

O ministro ressaltou que os líderes estrangeiros deveriam "levar a recomendação muito a sério".

Cerca de cem chefes de Estado e de governo assistirão amanhã o serviço religioso oficial em memória de Mandela, que acontecerá no estádio FNB de Soweto (Johanesburgo), onde foi disputada a final da Copa do Mundo de 2010.

Após o ofício de terça-feira, o caixão do ex-presidente desfilará pelas ruas de Pretória entre os dias 11 e 13 de dezembro, para que os sul-africanos possam despedir-se de Mandela.

Também em Pretória, na sede do governo da África do Sul, ficará aberto o funeral de Mandela.

Já o funeral de Estado acontecerá no próximo domingo na pequena cidade de Qunu, no sudeste do país, onde Mandela cresceu e queria ser enterrado.

Nelson Mandela morreu aos 95 anos na última quinta-feira em sua casa de Johanesburgo, após uma longa convalescença por doenças respiratórias.


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