Navi Pillay, alta comissária de direitos humanos da ONU, afirmou nesta segunda-feira que há evidência de que membros do regime sírio, incluindo o ditador Bashar al-Assad, são responsáveis por crimes de guerra e contra a humanidade.
Além disso, de acordo com Pillay, "a escala e crueldade dos abusos cometidos por elementos de ambos os lados quase desafia a crença".
A insurgência foi iniciada na Síria em março de 2011 e, diante da repressão do regime, recrudesceu. Mais de 100 mil já morreram, de acordo com estimativa da ONU --que, porém, não revisa os números frequentemente.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou hoje, por sua vez, que o conflito já deixou mais de 126 mil mortos, na cifra mais recente. A organização, que reúne informações de ativistas em solo, tem base em Londres.
Dos mortos documentados pelo observatório, mais de 44 mil são civis, entre eles 6.627 crianças e 4.454 mulheres.
Os números divulgados pela organização de oposição mostram, também, que as baixas entre soldados do regime (50.927) são quase duas vezes maiores do que as documentadas entre rebeldes (27.746).
Há na lista, ainda, 232 membros da milícia libanesa Hizbullah mortos na Síria ao lado do regime de Assad.