Folha de S. Paulo


Tropa de elite da Islândia mata homem pela primeira vez na história

As Forças Especiais da Polícia Nacional da Islândia foram obrigadas, pela primeira vez na história, a matar um homem em uma operação nesta segunda-feira.

Segundo os agentes, a vítima tem 59 anos e começou a disparar sem motivo aparente da janela de seu apartamento na capital Reykjavík durante a madrugada.

Em entrevista coletiva, o chefe da polícia na cidade, Stefan Eiriksson, afirmou que os agentes chegaram ao local por volta das 3h (1h em Brasília) e tentaram em vão entrar em contato com o homem. Em seguida, atiraram bombas de gás lacrimogêneo para detê-lo, novamente sem sucesso.

Diante do fracasso das primeiras tentativas, as Forças Especiais foram chamadas e entraram no apartamento por volta das 6h (4h em Brasília). Os agentes foram recebidos a balas, sendo que uma delas passou de raspão pelo capacete de um policial. Eles responderam ao ataque baleando o homem com uma pistola 9 milímetros.

O agressor foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A polícia abriu uma investigação para determinar as razões que levaram o indivíduo a disparar e ver se ele estava sob a influência de álcool ou drogas.

O comissário nacional da polícia, Haraldur Johannessen, afirmou que este foi um "incidente sem precedentes" na Islândia. "Esta foi a primeira vez que uma pessoa morreu em uma ação como essa. A polícia lamenta esse incidente e presta as nossas mais profundas condolências à família deste homem".

Ele afirmou que, após o incidente, foi feita uma reunião entre os comandantes e a tropa e que os soldados envolvidos na morte receberão ajuda psicológica.

Este país, com uma população de apenas 322 mil habitantes, tem uma das menores taxas de criminalidade do mundo e os agentes da polícia usam suas armas de forma muito excepcional. Em geral, a polícia controla os criminosos com uso de armas não letais, como bombas de gás lacrimogêneo e armas de choque.


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