Pelo menos oito pessoas morreram após um terremoto no Irã nesta quinta-feira perto da cidade de Bushehr, onde está localizada a única usina de energia nuclear do país, afirmaram as agências de notícias.
O terremoto, com 5,7 de magnitude, teve seu epicentro 60 quilômetros a nordeste de Bushehr, na costa do Golfo, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Não havia relatos de danos à usina nuclear.
| Mohammad Salehinia/AFP | ||
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| Destruição em Borazjan causada pelo terremoto que atingiu o Irã |
A agência iraniana Irna afirmou que sete pessoas morreram e citou o governador de Bushehr dizendo que havia "total calma" na região. Equipes de socorro foram enviadas para as cidades e aldeias afetadas, disse ele.
Helicópteros serão enviados na sexta-feira para avaliar os danos, informou a agência de notícias Fars, que, assim como a AFP, colocou o número de mortos em oito.
O porta-voz do Crescente Vermelho, Hossein Derakhshan, disse que algumas casas foram danificadas porque não foram construídas para resistir a terremotos, de acordo com a agência de notícias Irna.
Os países árabes do Golfo já se questionaram diversas vezes sobre a credibilidade da central de Bushehr e os riscos de poluição radioativa em eventuais acidentes ou terremotos de grande magnitude. Mesmo assim, Irã e Rússia --que terminou a construção das instalações-- continuam afirmando que a central respeita as normas internacionais e está sob o controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Situada entre diversas falhas sísmicas de grande importância, a República Islâmica do Irã já foi atingida diversas vezes por terremotos devastadores.
Em abril, o sudeste do país foi sacudido por um forte tremor de 7,8 na escala Richter, matando uma pessoa no Irã e 40 no vizinho Paquistão. Foi o terremoto mais forte a atingir o país desde 1957.
O terremoto mais violento dos últimos tempos deixou, em dezembro de 2003, 26 mil mortos na cidade de Bam (sul). Em agosto de 2012, dois fortes tremores deixaram 306 mortos perto da cidade de Tabriz, noroeste do Irã.