Folha de S. Paulo


População de Gaza tem luz elétrica só 12 horas por dia

A casa da matriarca Afifa Ibrahim Khalil, 66, é o exemplo cotidiano das carências em Gaza. A reportagem se senta com a família no escuro, em meio a um blecaute, e não há nem velas para iluminar a sala. Moram 11 pessoas na casa, de três quartos.

Desde o golpe de Estado no Egito, em julho, são só 12 horas de luz por dia, em um cronograma que não é informado à população de antemão.

"Estamos cercados por todos os lados", diz Khalil. "Não temos gás, emprego, eletricidade. As crianças esperam até a meia-noite, às vezes, para fazer a lição de casa."

Khalil se diz especialmente desapontada com o papel do Egito nessa situação. "Esperávamos isso de Israel, mas não de nossos irmãos árabes. Dói mais."


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