Folha de S. Paulo


Coreia do Norte executa 80 pessoas publicamente, diz jornal

O regime norte-coreano executou publicamente 80 pessoas em sete cidades em todo o país por delitos leves, como assistir a filmes sul-coreanos, distribuir pornografia ou possuir bíblias, disse nesta segunda-feira o jornal sul-coreano "Joongang".

As autoridades do país vizinho conduziram as execuções em massa no domingo (3), segundo o jornal que citou uma fonte anônima familiarizada com os assuntos internos da Coreia do Norte e que visitou recentemente o país.

A fonte explicou que as execuções ocorreram em sete cidades, incluindo Wonsan, Chongjin e Sariwon. Na capital Pyongyang, não houve execuções.

Exibir ou contrabandear filmes sul-coreanos, distribuir pornografia, trabalhar com prostituição ou possuir bíblias foram os crimes que, de acordo com o informante, justificaram as execuções em massa.

A fonte do jornal "Joongang" citou testemunhas das execuções na cidade de Wonsan (no sudeste do país) para informar que os funcionários norte-coreanos reuniram dez mil pessoas em um estádio para testemunhar o fuzilamento de oito condenados.

Cúmplices e parentes das vítimas envolvidas nos crimes foram enviados para campos de prisioneiros, ainda de acordo com a fonte.

A Lei norte-coreana não prevê a pena de morte por crimes relativamente leves como esses. Assim, se for verdadeira a informação publicada pelo "Joongang", as execuções recentes poderiam servir de alerta à população.

No final de agosto, o jornal sul-coreano "Chosun" assegurou que uma ex-namorada do líder Kim Jong -un, assim como vários membros de uma orquestra, tinham sido executados por suposta fabricação e distribuição de vídeos pornográficos.

O sigilo do regime norte-coreano faz com que seja difícil certificar que a informação publicada seja verdadeira .


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