Folha de S. Paulo


Coalizão da oposição síria aceita participar de conferência de paz

A Coalizão Nacional Síria concordou na manhã desta segunda-feira em participar das negociações de paz previstas para serem realizadas em Genebra tendo em vista encerrar o conflito civil no país.

Apesar de o anúncio ter importância política, por ser a primeira declaração em consenso nesse sentido, o grupo de oposição sírio estabeleceu uma série de condições para a sua participação, o que na prática pode inviabilizar as conversas.

O grupo exige que haja a garantia de que agências humanitárias tenham acesso a áreas sob sítio. Os opositores pedem, também, a soltura de prisioneiros políticos.
A conferência em Genebra, adiada há meses e ainda sem data, deve reunir insurgentes e o regime de Bashar al-Assad para buscar um acordo em relação à transição política no país.

Assim, seria encerrado o conflito iniciado em março de 2011, devido ao qual já morreram mais de 100 mil pessoas na Síria, de acordo com as estimativas da ONU. "Tudo o que podemos esperar é que essas negociações culminem na saída de Assad", afirmou Adib Shishakly, membro da coalizão, à agência de notícias Reuters.

As conversas em Genebra têm oposição, porém, das facções islamitas que lutam na síria pela deposição de Assad. Essas brigadas se recusam a participar de negociações que não tenham por objetivo destronar o ditador.

O secretário de Estado americano, John Kerry, considerou o anúncio "um passo grande" e reiterou o apoio americano aos rebeldes.


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