Folha de S. Paulo


Obama insiste que reforma migratória deve ser aprovada em 2013

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, insistiu nesta quinta-feira que a reforma migratória deve ser aprovada neste ano, porque é algo "bom para a economia e bom para a segurança nacional".

"É o momento de fazer", é necessário "regular nosso quebrado sistema de imigração", disse Obama durante um comparecimento na Casa Branca.

O Senado, sob controle democrata, aprovou a proposta para uma reforma migratória em junho, mas desde então a Câmara dos Representantes, de maioria republicana, não conseguiu um acordo bipartidário e as negociações estão estagnadas.

Obama, acompanhado de seu vice-presidente, Joseph Biden, lembrou nesta quinta-feira que os democratas da câmara baixa já apresentaram sua própria proposta e agora "cabe aos republicanos decidir se a reforma se transforma ou não em uma realidade".

O presidente indicou que se os republicanos têm novas ou adicionais ideias para antecipar a reforma, ele está disposto a escutá-las.

"Não esperaremos. Não será mais fácil se adiarmos", ressaltou Obama ao pedir que os problemas do sistema de imigração dos EUA "não sejam escondidos sob o tapete mais uma vez".

O projeto de reforma aprovado pelo Senado estabelece investimentos milionários para melhorar a segurança fronteiriça, abre uma via à cidadania para 11 milhões de imigrantes ilegais e, como ressaltou Obama, faria crescer a economia em US$ 1,4 trilhões durante os próximos 20 anos.

"Se há uma razão para não aprovar esta reforma com bom senso, ainda não a escutei", assegurou o líder.

Durante seu comparecimento na Sala Leste da Casa Branca, Obama foi recebido por líderes do setor empresarial, sindicais e de comunidades de fé que há anos trabalham em favor da reforma migratória.

Na semana passada, logo após resolver a disputa orçamentária que paralisou a Administração federal durante mais de duas semanas por falta de fundos, Obama pediu ao Congresso que centre sua atenção na reforma migratória.

Essa reforma ficou em um segundo plano na agenda dos legisladores nos últimos meses devido à crise síria e os desacordos orçamentários.


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