Folha de S. Paulo


Ataques suicidas matam ao menos 12 pessoas no Iraque

Uma onda de ataques suicidas a bomba contra funcionários de segurança e prédios do governo mataram pelo menos 12 pessoas no Iraque neste domingo, disse a polícia.

Em ataques que pareceram ser coordenados, homens-bomba, alguns dirigindo carros lotados de explosivos, atacaram locais na cidade de Rawa, a 260 quilômetros a noroeste de Bagdá. Outro homem-bomba atingiu uma movimentada rua na cidade de Samarra, no norte do país.

Nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade pelo ataque, mas os insurgentes muçulmanos sunitas, incluindo a al Qaeda, têm como alvo frequente os funcionários de segurança e pessoas que trabalham para o governo, liderado pelos xiitas.

Um dos suicidas dirigiu um carro até um posto de controle na principal rua de Rawa e se explodiu, disseram oficiais à agência Reuters. Um outro teve como alvo um posto da polícia e um terceiro a casa do prefeito, que teve ferimentos graves. Nesta ação, três pessoas morreram.

Dois outros homens-bomba, que vestiam uniformes da polícia, detonaram seus coletes explosivos dentro do edifício do conselho local de Rawa, matando três pessoas, incluindo o vice-chefe da organização.

Uma série de ataques em Rawa no mês passado foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, formado no início deste ano em uma fusão entre filiais iraquianas e sírias da Al Qaeda.

Cerca de 7.000 pessoas foram mortas em atos de violência até agora em 2013 no Iraque, revertendo um declínio na violência
registrado a partir de 2008.

Um homem-bomba também se explodiu perto da casa de um policial no subúrbio de Samarra, a 100 quilômetros ao norte de Bagdá, disse a polícia à Reuters.

O homem dirigiu até um grupo de pessoas que se reuniu no local de uma explosão menor que aconteceu mais cedo perto da casa do funcionário Nasser Dawood.

Dawood estava fora quando o homem-bomba detonou seu explosivo, mas a maioria dos mortos e feridos na explosão eram membros de sua família.

A filial iraquiana da Al Qaeda foi levada à clandestinidade em 2007 mas, desde então, o grupo voltou a se reunir, revigorados pela guerra na Síria e o pelo crescente ressentimento em relação ao governo que chegou ao poder após a invasão liderada pelos Estados Unidos em 2003.


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