Com a chegada do ciclone Phailin à Índia, cerca de 520 mil pessoas precisaram ser retiradas de dois Estados da costa Leste do país, segundo o governo. Os desalojados formam uma população semelhante à da 38ª maior cidade do Brasil, Londrina (PR).
Quando o sábado se tornava noite ao meio-dia local, a operação retirou habitantes da região costeira dos Estados de Orissa e Andra Pradesh, no Leste da Índia, horas antes da chegada do ciclone. No meio da tarde, os ventos já eram tão fortes que poderiam derrubar adultos. Postes desabaram nas estradas e crianças apavoradas agarravam-se às mães que buscavam abrigo.
A maior parte das cidades costeiras já estava deserta.
Trata-se de um dos maiores deslocamentos populacionais já realizados na Índia, segundo Marru Shashidar Reddy, porta-voz da agência. "O governo deu ordem de retirar à força quem resistisse", afirmou. A operação tem o reforço do Exército e da Cruz Vermelha.
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O tamanho do Phailin é quase semelhante ao do furacão Katrina, que destruiu Nova Orleans, nos Estados Unidos, em 2005. Tem a área semelhante à da França. A estimativa é que os ventos sejam de até 240 quilômetros por hora, podendo chegar a 315 km/h segundo observadores norte-americanos.
Além da violência do vento, a região costeira também enfrenta o risco de que a maré suba de 3 a 9 metros. A zona de perigo é estimada em 150 quilômetros de extensão.
Como a região é altamente dependente da agricultura, a economia da região será severamente afetada. Em 1999, um outro ciclone na região matou mais de 8 mil pessoas.