O Prêmio Nobel da Paz é entregue desde 1901 para aqueles que "trabalharam mais ou melhor para a fraternidade entre nações, pela abolição ou redução de Exércitos e pela promoção e realização de congressos de paz", segundo o testamento de Alfred Nobel, criador da gratificação.
O ganhador é escolhido pelos cinco membros do Comitê Norueguês do Nobel, que por sua vez, é escolhido pelo Parlamento do país escandinavo. Até agora, o prêmio já foi entregue em 94 ocasiões para 101 pessoas --86 homens e 15 mulheres-- e 23 instituições (o Comitê Internacional da Cruz Vermelho foi agraciado três vezes e o Alto Comissariado para Refugiados da ONU, duas).
Em 19 oportunidades, não houve entrega da distinção, incluindo períodos das duas grandes guerras mundiais (1914-1916, 1918 e 1939-1943). "Se nenhuma das ações sob consideração alcançar a importância do primeiro parágrafo (citado acima), o dinheiro do prêmio deve ser guardado para o próximo ano", afirma o estatuto do laurel.
Entre as mulheres ganhadoras está a Madre Teresa de Calcutá, que, em 1979, se recusou a comparecer ao jantar de gala com a justificativa de que o dinheiro seria melhor usado com os pobres.
Ellen Johnson-Sirleaf, presidente da Libéria, Leymah Gbowee, ativista dos direitos humanos e Tawakul Karman, ativista dos direitos das mulheres e da democracia, foram, em 2011, as últimas mulheres agraciadas.
O primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama, hoje criticado pelo uso de drones (aviões não tripulados), foi o vencedor do prêmio em 2009. O Comitê justificou a nomeação do mandatário pelos seus "extraordinários esforços para fortalecer a diplomacia internacional e cooperação entre pessoas".
No ano passado, o prêmio foi entregue para a União Europeia, por "ter contribuído para o avanço da paz e da reconciliação, da democracia e dos direitos humanos no continente".