Folha de S. Paulo


Ativista paquistanesa Malala vence prêmio de direitos humanos do Parlamento Europeu

A menina paquistanesa Malala Yousafzai baleada por talebans por defender o direito universal à educação, ganhou nesta quinta-feira (10) o prêmio Sakharov 2013 de Liberdade de Expressão.

Os líderes dos grupos políticos da Eurocâmara votaram unanimamente em Malala, 16, que é considerada uma forte candidata a ganhar também o prêmio Nobel da Paz, a ser entregue nesta sexta-feira.

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse que estava satisfeito e que Malala é uma "menina que demonstrou ter mais coragem do que muitos adultos".

"Malala tem coragem de levantar a voz pelos direitos das meninas e além disso encoraja as pessoas a seguirem seu exemplo apesar de viver em mundo dominado pelos homens", acrescentou.

Luke MacGregor/Reuters
Malala Yousafzai durante evento em Londres; ela defende o diálogo com o Taleban como forma de alcançar a paz no Paquistão
Malala Yousafzai durante evento em Londres; ela defende o diálogo com o Taleban como forma de alcançar a paz no Paquistão

A adolescente de 16 anos sobreviveu em outubro de 2012 a um atentado praticado por talebans, que a atacaram por defender a educação feminina em seu país. Atualmente, ela vive na cidade inglesa de Birmingham.

Os algozes da garota afirmaram que ela "naõ fez nada" para mercer o prêmio. "Ganha prêmios porque trabalha contra o Islã. Os talebans tomarão Malala como alvo tanto se estiver nos Estados Unidos quanto no Reino Unido", disse Shahidullah Shahid, porta-voz do taleban paquistânes.

Malala disputava o prêmio com o ex-prestador de serviços da CIA Edward Snowden, nome proposto pela esquerda progressista e os Verdes da Eurocâmara.

Nascida em 1997 em Mingora, a paquistanesa é a mais jovem vencedora da história do tradicional prêmio europeu.

O prêmio Sakharov 2013 será entregue neste mês, em Estrasburgo (França), em uma sessão do Parlamento Europeu.


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