Folha de S. Paulo


Itamaraty cobra explicações de embaixador canadense sobre espionagem

O chanceler Luiz Alberto Figueiredo convocou nesta segunda-feira (7) o embaixador do Canadá no Brasil, Jamal Khokhar, para dar explicações sobre o caso de espionagem daquele país que teve como alvo o Ministério de Minas e Energia.

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Reportagem do programa "Fantástico", da TV Globo, exibiu uma apresentação sobre uma ferramenta da Agência Canadense de Segurança de Comunicação (CSEC, na sigla em inglês) feita durante um encontro de analistas de espionagem de cinco países (EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia) em junho de 2012.

O caso do mapeamento sobre o ministério foi usado como exemplo da aplicação da ferramenta.

Em nota, o Itamaraty disse que Figueiredo transmitiu "a indignação do governo brasileiro". "Durante o encontro, o chanceler brasileiro manifestou ao embaixador canadense o repúdio do governo a essa grave e inaceitável violação da soberania nacional e dos direitos de pessoas e de empresas", disse a nota.

DILMA

Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff afirmou, em sua conta no Twitter, que as novas suspeitas de espionagem, praticadas desta vez pelo governo canadense, reveladas no domingo pelo "Fantástico", da TV Globo, confirmam "razões econômicas e estratégicas" dessas práticas.

"A reportagem aponta para interesses canadenses na área de mineração. O Itamaraty vai exigir explicações do Canadá. A espionagem atenta contra a soberania das nações e a privacidade das pessoas e das empresas."


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