Folha de S. Paulo


Ataques no Iraque contra xiitas deixam ao menos 27 mortos, incluindo 14 crianças

Um homem-bomba que dirigia um caminhão carregado de explosivos adentrou o pátio de uma escola primária no norte do Iraque e se explodiu, matando funcionários e 14 crianças neste domingo, segundo a polícia e fontes médicas. Enquanto a agência de notícias Efe contabiliza ao menos 27 mortos e 125 feridos, a Reuters já fala em 29 mortes.

Ainda de acordo com a Reuters, um outro homem-bomba atacou um grupo de peregrinos xiitas que estavam a caminho de um santuário em Bagdá, matando pelo menos 14 pessoas e ferindo mais de 30, algumas delas gravemente, segundo a polícia.

Nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade para qualquer um dos atentados, mas as táticas usadas apontam para a sunita Al Qaeda, que vê os xiitas como não crentes e tem recuperado impulso este ano.

"Poças de sangue, sapatos e carne humana estão cobrindo o chão", disse um policial no local da explosão em Bagdá, que veio no dia do aniversário da morte de um imã xiita. Mulheres e crianças estavam entre as vítimas, disse o policial.

Mais de seis mil pessoas foram mortas em todo o país este ano, de acordo com monitoramento grupo Iraq Body Count, revertendo um declínio na violência sectária que atingiu um clímax em 2006-07.

O ataque à escola primária, sucedeu outro ataque suicida, minutos antes, à uma delegacia de polícia na mesma cidade, Tel Afar, cerca de 70 km a noroeste da cidade de Mosul. Não houve vítimas no ataque delegacia.

A maioria dos moradores de Tel Afar são turcomanos da minoria xiita do Iraque, que nos últimos anos tem sido alvo de assassinatos e sequestros.

"As impressões digitais da Al Qaeda são claras em ambos os ataques", disse um funcionário da cidade que não quis ser identificado.


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