Folha de S. Paulo


Suspeita de perseguição em Washington foi morta, diz polícia

A polícia de Washington afirmou nesta quinta-feira que foi morta a suspeita de dirigir o carro que rompeu uma barreira na Casa Branca e foi interceptado entre o Congresso e a Suprema Corte dos Estados Unidos.

Durante a perseguição, tiros foram disparados em dois locais, um deles próximo ao prédio Hart, um anexo do Legislativo americano. Com isso, as casas parlamentares e o Judiciário ficaram fechados por 40 minutos, por medida de segurança.

A morte foi confirmada pela chefe da polícia da capital americana, Cathy Lanier. Uma criança de um ano foi encontrada no carro.

Tanto Lanier quanto o comandante da polícia legislativa, Kim Dine, se recusaram a dar mais detalhes sobre a acusada. Investigadores consultados pela imprensa americana disseram que a mulher estava desarmada.

As informações não foram confirmadas pela polícia. Durante a entrevista, Dine afirmou que a perseguição não tem relação com o terrorismo, mas Lanier descartou a hipótese de acidente. "Tenho confiança de que isso não foi um acidente. Tentaram furar dois postos de segurança".

PERSEGUIÇÃO

Segundo o chefe da Polícia Legislativa, Kim Dine, a mulher tentou ultrapassar uma barricada perto da Casa Branca, quando foi cercada pelo Serviço Secreto. Nesse ponto, um dos agentes ficou ferido quando ela se desvencilhava do cerco.

Ela conseguiu fugir em direção ao Capitólio. Houve disparos na esquina das ruas 15 e E e na interseção entre a Segunda e a Maryland, ao lado do prédio Hart, um dos anexos do Congresso americano, e da Suprema Corte. Mais tiros foram disparados e, segundo a polícia, a mulher foi retirada do carro morta.

Um policial ficou levemente ferido após o carro da suspeita bater em sua viatura e, de acordo com a polícia legislativa, está consciente. O agente do serviço secreto também passa bem.

Devido aos disparos, o Capitólio e a Suprema Corte foram fechados por 40 minutos por motivos de segurança. Parlamentares, funcionários, jornalistas e turistas foram mantidos dentro dos prédios, à espera de ordem da polícia para sair.

Editoria de Arte/Folhapress

Os tiros interromperam as discussões para dar fim ao impasse no Congresso americano que provocou a paralisação da administração federal americana a partir da 0h da última terça (1º) em Washington (1h em Brasília).

O projeto do Orçamento, que começaria a valer há dois dias, não foi votado pela Câmara devido à resistência dos republicanos em aprovar a lei de reforma da saúde de Obama, conhecida como Obamacare.


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