O regime sírio pedirá um cessar-fogo, caso seja realizada uma nova conferência internacional, declarou o vice-primeiro-ministro sírio de Relações Econômicas, Qadri Jamil, ao jornal britânico "The Guardian", em entrevista publicada on-line nesta quinta-feira.
Segundo Jamil, o conflito entre o regime e os rebeldes chegou a um "impasse", e nenhuma das partes tem os meios para superá-lo.
Lançada pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e pelo ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, a iniciativa de uma nova conferência - a Genebra 2 - poderá contar com a presença de representantes do governo sírio e da oposição. Antes da reunião, os rebeldes exigem a renúncia do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Ao ser perguntado sobre o que seu governo poderia propor na cúpula Genebra 2, o vice-premier afirmou: "o fim da intervenção estrangeira, um cessar-fogo e o lançamento de um processo político de paz".
Se a ideia de um cessar-fogo for aceita pelos rebeldes, acrescentou Jamil, será pedido o controle de "observadores internacionais", com a condição de que sejam países "neutros e amistosos".
"Ninguém acredita que o regime possa se manter na forma atual. Por várias razões concretas, o regime, tal como existia antes, já terminou. Para realizar nossas reformas progressistas, precisamos de que o Ocidente e todos aqueles que estão envolvidos na Síria saiam de cima de nós", completou Jamil.