O secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta segunda-feira em Londres que os EUA só não atacarão a Síria se o ditador Bashar al-Assad entregar suas armas químicas no prazo de uma semana.
A declaração foi dada após encontro com o chanceler britânico, William Hague.
Questionado em entrevista coletiva se haveria alguma possibilidade de os EUA recuarem da posição de atacar a Síria, Kerry respondeu: "Claro, ele [Assad] poderia entregar cada uma de todas suas armas químicas para a comunidade internacional na próxima semana. Tudo, sem atraso, e permitir que se faça a contabilidade total", disse.
Kerry afirmou, entretanto, que não acredita que Assad aceitará essa condição. Por isso, defendeu, é necessário agir diante das provas que, segundo ele, o governo dos EUA tem contra o ditador sírio.
"Não acho que devemos recuar a partir deste ponto. O risco de não agir é maior do que o de agir. Todos precisam parar para pensar nisso", afirmou o secretário. "As evidências são poderosas e a questão é: o que fazer diante disso?", disse.
Já o chanceler britânico declarou que o Reino Unido continua alinhado aos EUA na questão da Síria, e que pretende dar algum tipo de contribuição, apesar da decisão do Parlamento de impedir a participação militar numa ação na Síria.
Os EUA acusam o regime sírio de ter realizado um ataque com armas químicas no subúrbio de Damasco no último dia 21 de agosto. Conforme a inteligência americana, o ataque deixou 1.429 mortos, sendo 426 crianças.
Nesta segunda-feira, o Congresso americano retoma os trabalhos, após um recesso, e deve decidir se autoriza os EUA a intervirem militarmente na Síria.
| Susan Walsh/AFP | ||
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| O secretário de Estado americano, John Kerry (à dir.), fala ao lado do colega britânico, William Hague, em Londres |