Folha de S. Paulo


França defende ataque à Síria como alerta a Irã e Coreia do Norte

O primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, defendeu nesta quarta-feira uma intervenção militar na Síria como uma forma de evitar que uma "mensagem errada" seja enviada a Irã e Coreia do Norte. Para ele, a inação seria um aval para que os dois países aumentassem seu arsenal nuclear.

O governo francês, assim como os Estados Unidos, acusam o regime de Bashar al-Assad de ter atacado a periferia de Damasco com gás químico, em 21 de agosto. Segundo os americanos, a ação deixou 1.429 mortos, sendo 426 crianças, enquanto para Paris houve 281 mortes.

Em discurso no Parlamento, Ayrault defendeu a decisão do presidente François Hollande de formar uma coalizão aliada, encabeçada pelos Estados Unidos, e descartou qualquer envio de tropas ao território sírio. No entanto, defendeu uma ação "legítima, coletiva e refletida" ao uso de armas químicas.

"Não agir seria colocar em perigo a paz e a segurança em toda a região. Que credibilidade de nossos compromissos internacionais contra a não proliferação de armas de destruição em massa, incluindo armas nucleares, defendemos?".

"Que mensagem isso mandaria a outros regimes, e eu estou pensando como vocês sobre Irã e Coreia do Norte? A mensagem seria clara: Vocês podem continuar."

O Irã desenvolve um programa nuclear que provoca preocupação no Ocidente pela intenção da República Islâmica de querer desenvolver armas químicas. Já a Coreia do Norte foi sancionada pela ONU em março por ter realizado um teste nuclear em fevereiro, aumentando a tensão no leste asiático.


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