Folha de S. Paulo


Hollande diz que não fará intervenção militar na Síria sem os EUA

O presidente da França, François Hollande, disse nesta terça-feira que não pretende intervir sozinho na Síria e esperará a decisão americana sobre a ação armada contra o regime de Bashar al-Assad. A intervenção será avaliada na semana que vem pelo Congresso dos Estados Unidos.

Os legisladores estudarão a ação militar após pedido feito no sábado (31) pelo presidente Barack Obama e deverão se reunir na volta do recesso parlamentar de verão, na próxima segunda (9). Washington e Paris acreditam que as tropas de Assad fizeram um ataque químico na periferia de Damasco, em 21 de agosto.

Segundo os americanos, a ação deixou 1.429 mortos, sendo 426 crianças. Se confirmado, será o pior incidente com armas químicas em 25 anos. Já os franceses afirmam que o bombardeio com gás venenoso causou 281 mortes.

Em encontro com o presidente alemão, Joachim Gauck, Hollande defendeu uma ação contra Assad, mas disse que não atacará sozinho. Caso a resposta do Congresso americano seja não, Paris continuará a dar apoio à "oposição democrática", como se refere à coalizão opositora síria.

Ele também pediu que a União Europeia se reúna para deliberar sobre o ataque químico, embora a França esteja isolada em relação a uma intervenção à Síria. E considera que as ameaças do ditador Bashar al-Assad reforçam sua vontade de atuar.

"Aquele que tinham dúvidas sobre as intenções de Assad já não as podem ter mais. Assad fala de liquidar", disse Hollande. "Tomaremos as precauções para fazer frente, mas a ameaça não cessará enquanto o regime de Assad seguir".


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