O CNP (Colégio Nacional de Jornalistas, na sigla em espanhol), da Venezuela, manifestou "preocupação" pelos pedidos de demissão em massa de funcionários da rede de televisão Globovisión e do jornal impresso Bloque del Armas.
Em comunicado, o órgão diz que o momento é de "profunda reflexão" e debate para garantir o direito a todos os agremiados de informar os cidadãos "livremente e sem nenhum tipo de censura".
Tradicionalmente crítica do chavismo, a emissora anunciou uma mudança em sua política editorial em maio, após ser comprada por empresários dos setores de seguros e imobiliário que, segundo a oposição, são ligados a altas figuras do governo.
Pelo menos 18 funcionários, entre produtores, repórteres e âncoras, deixaram a emissora desde março, quando a venda foi anunciada.
A CNP diz que está em contato com os profissionais que renunciaram de seus cargos "por divergências no novo enfoque editorial, assim como aqueles que permanecem e expressam seu interesse em fazer jornalismo".