Folha de S. Paulo


Após encontro, Paraguai e Venezuela falam em superar diferenças

Por iniciativa da colega Dilma Rousseff, os presidentes do Paraguai, Horacio Cartes, e da Venezuela, Nicolás Maduro, se reuniram nesta sexta-feira (30) em Paramaribo. Na saída, ambos falaram em "virar a página" e "curar as feridas" da relação, estremecidas desde a destituição do ex-mandatário paraguaio Fernando Lugo, em junho do ano passado.

"Decidimos virar a página. Agora é pavimentar o caminho para reconstruir o laços", disse Maduro, ao final da cúpula da Unasul.

Já Cartes, em discurso aos demais presidentes, agradeceu a Maduro e Dilma por explicar "a importância para que estejamos todos unidos no Mercosul, sua predisposição para reparar qualquer erro, dor ou ferida que tenha causado ao povo paraguaio".

Mais tarde, em entrevista ao canal Telesur, Cartes falou que é preciso dar "tempo ao tempo para curar as feridas".

Nenhum dos presidentes, no entanto, falou em prazo para a volta do Paraguai ao Mercosul.

Venezuela e Paraguai estão com as relações estremecidas desde o ano passado, com a destituição de Lugo. Os demais membros do Mercosul suspenderam Assunção do bloco e, em seguida, promoveram o ingresso da Venezuela, cuja entrada estava bloqueada por causa da falta de aprovação do Senado paraguaio.

A suspensão foi revogada com a posse do direitista Cartes, em 15 de agosto, após eleições consideradas limpas. O novo presidente, no entanto, ainda não promoveu a volta do país ao bloco, alegando que se trata de um "problema jurídico", já que o ingresso da Venezuela nunca foi votado pelo Senado paraguaio


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