O chefe da Guarda Revolucionária do Irã disse que um ataque militar dos Estados Unidos contra a Síria levaria à "iminente destruição" de Israel e seria um "segundo Vietnã" para os EUA, segundo uma agência de notícias iraniana.
O Irã, muçulmano xiita e arqui-inimigo de Israel, apoia o ditador sírio, Bashar al-Assad, contra os rebeldes, compostos majoritariamente por sunitas, que tentam derrubá-lo em uma revolta que já dura mais de dois anos. Segundo a ONU, mais de 100 mil pessoas morreram.
Para Teerã, os rebeldes estão por trás do suposto ataque químico do dia 21, em que centenas de civis sírios morreram na periferia de Damasco. Ativistas da oposição culpam o regime sírio, enquanto Estados Unidos, França e Reino Unido preparam uma ação militar em retaliação a Assad.
Mohammad Ali Jafari, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, disse em entrevista na noite de quarta (28) à agência de notícias Tasnim que um ataque dos EUA contra a Síria não ajudaria Israel. "Um ataque à Síria significará a iminente destruição de Israel".
De acordo com a Tasnim, Jafari também alertou os Estados Unidos sobre o risco de se envolverem em uma luta cara e demorada caso intervenham na Síria.
"A Síria vai se transformar em um campo de batalha mais perigoso e mortal do que a Guerra do Vietnã, e na verdade, a Síria se tornará o segundo Vietnã para os Estados Unidos", disse.
A entrevista foi amplamente replicada pela mídia iraniana nesta quinta-feira. A Tasnim, inaugurada em 2012, diz em seu site que se dedica à "defesa da Revolução Islâmica contra a propaganda negativa da mídia".