Folha de S. Paulo


Ação militar na Síria só terá apoio do Brasil se aprovada na ONU, diz chanceler

O ministro Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) afirmou nesta quarta-feira (28) que o Brasil somente apoiará uma ação armada na Síria se a iniciativa tiver apoio das Nações Unidas.

Estados Unidos, Reino Unido e França anunciaram estar prontos para a ação, como resposta ao ataque químico na periferia de Damasco, na semana passada. O governo sírio atribui o ataque a rebeldes.

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"Para nós, o uso da força nas relações internacionais é o último recurso, e ele tem que ser feito apenas em casos de defesa (...) ou autorizado especificamente nos termos de uma resolução do conselho de segurança", disse o novo chanceler brasileiro em entrevista à imprensa.

Ele disse que essa "é e sempre foi em qualquer caso" a posição defendida pelo governo brasileiro. "Se não for feita ao abrigo de uma resolução do conselho de segurança da ONU, nós sempre consideraremos [uma ação armada] uma violação do direito internacional", completou.

Figueiredo disse ainda que o uso de armas químicas "é intolerável, não é aceitável", mas demonstrou cautela sobre quem teria usado esse recurso. "Ainda não há resultados dessa investigação. (...) Preferimos esperar que as Nações Unidas determinem claramente, já que eles estão lá exatamente para isso."


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