O vice-presidente da República Michel Temer disse nesta terça (27) que o ex-ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota deixou uma "marca extraordinária de trabalho" após sua passagem pelo comando do Itamaraty e acredita que ele irá seguir prestando serviços de "grande categoria" chefiando a missão brasileira da ONU.
"O ministro Patriota prestou relevantíssimos serviços ao governo", disse. "De modo que ele deixa uma marca extraordinária de trabalho e vai continuar prestando serviço agora junto à ONU, ou seja, serviços que com grande categoria prestou aqui, continuará prestando ao governo brasileiro na ONU", completou.
Aécio classifica de 'deplorável' posição do governo sobre fuga de boliviano
Eduardo Campos elogia ação que trouxe senador boliviano ao Brasil
Dilma desiste de enviar à Suécia embaixador na Bolívia
Assessor especial da CGU vai comandar sindicância contra diplomata
As declarações foram dadas na sede do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) logo após cerimônia de posse de novos integrantes do conselho.
Patriota foi demitido ontem à noite, num desdobramento da operação que trouxe o senador boliviano Roger Pinto Molina de La Paz para o Brasil, sem autorização do Palácio do Planalto e do Itamaraty.
Em relação ao senador, Temer disse que não estudou a situação do parlamentar do ponto de vista jurídicos, mas, ponderou que a embaixada do Brasil na Bolívia, onde estava o senador, é um território brasileiro. "Essa uma questão que certamente a AGU (Advocacia-geral da União) vai examinar, mas, em princípi,o este território é uma extensão do território estabelecido na embaixada na Bolívia".
Por fim, o vice-presidente disse que a vinda de Molina não deve gerar maiores atritos nas relações entre os dois países. "Nós temos uma diplomacia muito eficiente aqui no Brasil e uma diplomacia eficiente na Bolívia. De modo que estes representantes diplomáticos solucionarão da melhor maneira esse impasse que surgiu, digamos assim, acidentalmente. Não tenho dúvida disso".