Folha de S. Paulo


ONU condena atentado que matou 42 no Líbano

A Organização das Nações Unidas condenou nesta sexta-feira (23) o duplo ataque que matou 42 pessoas na cidade de Trípoli, no Líbano, e pediu aos libaneses que se unam.

O Conselho de Segurança "condenou duramente os atentados terroristas" de Trípoli e ressaltou "a necessidade de levar os responsáveis à justiça".

Em declaração unânime, os 15 membros do Conselho "convidam todos os libaneses e libanesas a preservarem a unidade nacional face às tentativas de desestabilização do país". Eles "ressaltam a importância de que todos os lados respeitem a política de dissociação do Líbano e se abstenham de qualquer envolvimento na crise síria, conforme a Declaração de Baabda".

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, havia pedido "para que todos os libaneses façam prova de disciplina, mantenham-se unidos e ajudem as instituições do Estado, em particular as forças de segurança, a manter a ordem e a calma em Trípoli e em todo o país".

Ban disse ter "esperança de que os responsáveis por tais atos covardes de violência sejam levados à Justiça o quanto antes". Ele também "reafirmou a determinação da comunidade internacional de apoiar a segurança e a estabilidade do Líbano".

Um duplo atentado com carros-bomba matou 42 pessoas nesta sexta-feira e deixou centenas de feridos em Trípoli, capital do norte do Líbano. Trata-se do mais grave ataque desde o fim da guerra civil no país, que já sofre as consequências do conflito da vizinha Síria.

As duas explosões na cidade histórica de Trípoli ocorrem uma semana após o atentado que deixou 27 mortos no último 15 de agosto no sul de Beirute. Os carros-bomba explodiram praticamente ao mesmo tempo em frente a duas mesquitas sunitas, distantes cerca de dois quilômetros uma da outra.


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