Folha de S. Paulo


Em defesa de Maduro, Equador não assistirá posse de presidente paraguaio

O Equador não enviará representante à cerimônia de posse do presidente paraguaio, Horacio Cartes, devido à decisão do governo em Assunção de não convidar o líder venezuelano, Nicolás Maduro, informou nesta quarta-feira o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño.

"O governo do Equador não designará representante oficial para assistir à posse do presidente do Paraguai, Horacio Cartes", revelou Patiño no Twitter.

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O chanceler felicitou o Paraguai pela posse de Cartes e desejou "que neste novo período se consolidem as instituições democráticas e se alcance prosperidade e bem-estar".

Na segunda-feira, Patiño lamentou "que o governo paraguaio tenha ignorado o convite ao presidente Nicolás Maduro" para a posse de Cartes, prevista para a quinta-feira, em Assunção.

O novo presidente substituirá o liberal Federico Franco, que concluiu o mandato iniciado em 2008 por Fernando Lugo, um ex-bispo católico de esquerda retirado do poder por um impeachment "relâmpago".

Maduro é alvo de uma investigação por parte da promotoria do Paraguai por sua ingerência durante a crise que derrubou Lugo, quando teria mantido contatos com líderes militares paraguaios em busca de apoio para o então presidente.

A posse de Cartes será assistida pelos presidentes de Brasil, Argentina, Chile, Peru, Uruguai e Taiwan, pelo príncipe de Astúrias, Felipe de Borbón, e por numerosas personalidades.

A chegada de Cartes ao poder permite superar a crise diplomática provocada pela saída de Lugo, destituído pelo Congresso em junho de 2012 por "mau desempenho", em uma decisão questionada internacionalmente e que causou a suspensão do Paraguai de organizações multilaterais, como o Mercosul e a Unasul.


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