Folha de S. Paulo


Líbano promete se esforçar por pilotos turcos capturados em Beirute

O governo libanês está fazendo "grandes esforços" para libertar os dois pilotos turcos, funcionários da Turkish Airlines, que foram sequestrados nesta sexta-feira (9) nas proximidades do aeroporto de Beirute.

A informação foi dada pelo ministro do Interior, Marwan Charbel, ao embaixador da Turquia em Beirute, Inan Ozyldiz, segundo a agência de notícias nacional ANI. "Seguimos a investigação para encontrá-los. O Líbano é contra os sequestros, e o Estado faz todo o possível para libertá-los", disse o ministro.

O sequestro ocorreu por volta das 3h (21h de quinta em Brasília), quando os pilotos, identificados como Murat Akpinar e Murat Agca, deixavam o aeroporto internacional de Beirute rumo a um hotel ao lado do restante da tripulação de um voo. Segundo os investigadores, quatro homens armados renderam os pilotos e os levaram.

AFP
Imagens de arquivos dos pilotos Murat Agca (à esq.) e Murat Akpinar, da Turkish Airlines, sequestrados em Beirute
Imagens de arquivos dos pilotos Murat Agca (à esq.) e Murat Akpinar, da Turkish Airlines, sequestrados em Beirute

O desconhecido grupo xiita libanês Visitantes do Imã Reza reivindicou o sequestro. A entidade afirmou que capturou os turcos para pressionar a Turquia a pedir a liberação de peregrinos xiitas libaneses sequestrados pelos rebeldes sírios, que são, na maioria, sunitas.

Os nove religiosos foram capturados em maio de 2012 durante uma peregrinação à cidade síria de Aleppo, em uma ação reivindicada por Abu Ibrahim, homem que diz ser membro do Exército Livre Sírio, o principal grupo que combate contra o ditador Bashar al-Assad, que é alauita, uma facção do islã xiita.

Os rebeldes sírios dizem que os reféns libaneses são membros do movimento radical xiita libanês Hizbullah, que luta junto a Assad. No entanto, a milícia negou envolvimento na ação.


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