Folha de S. Paulo


Após suposto ataque, Assad aparece rezando em mesquita de Damasco

A televisão estatal da Síria mostrou nesta quinta-feira imagens do ditador Bashar al-Assad participando de orações em uma mesquita de Damasco em comemoração ao feriado muçulmano do Eid al-Fitr, que dá fim ao jejum do mês sagrado do Ramadã.

A transmissão é feita minutos após informações de que o comboio em que estava havia sido atacado por um grupo rebelde quando chegava ao templo, no bairro de Malki, onde fica uma das casas do mandatário. A ação foi informado pelo canal saudita Al Arabiya e pelo Liwa al-Islam, entidade que reivindica o bombardeio.

AFP
Foto publicada pela agência de notícias estatal Sana mostra Assad em templo de Damasco em oração no início do Eid al-Fitr
Foto publicada pela agência de notícias estatal Sana mostra Assad em templo de Damasco em oração no início do Eid al-Fitr

Mais cedo, o grupo disse que disparou 12 morteiros em direção ao comboio onde estava Assad em mensagem de seu líder, Firas al-Bitar, em sua página na rede social Facebook. No entanto, afirmou não ter certeza se o ditador havia sido atingido.

Bitar declara que os rebeldes sabiam com antecedência que o mandatário passaria pelo local, devido a uma comunicação da Coordenação da Revolução Síria sobre o reforço da segurança no bairro de Malki, um dos mais seguros da capital síria.

O grupo ainda publicou um vídeo no site YouTube dizendo que era do momento do ataque, em que aparece fumaça cobrindo prédios na região, sem imagens de explosão ou do comboio que teria sido atingido. A autenticidade do vídeo não pôde ser confirmada.

Em seguida, o ministro da Informação sírio, Omram al-Zoubi, desmentiu o ataque e disse que Assad dirigia seu próprio carro no caminho à mesquita. Esta é a terceira aparição do ditador em uma semana, período em que o regime sírio tenta dar maior visibilidade às vitórias em combates contra rebeldes em diversas cidades.

Nos últimos dois meses, os soldados do regime sírio ganham terreno em diversos bastiões rebeldes, como a periferia de Damasco e a Província de Homs, onde têm ajuda do grupo radical libanês Hizbullah. O conflito na Síria, iniciado em março de 2011, deixou mais de 100 mil mortos, segundo a ONU.


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