Folha de S. Paulo


China multa fabricantes de leite em pó em US$ 109 mi por formação de cartel

O governo chinês multou seis fabricantes de produtos infantis nesta quarta-feira (7) por práticas anti-competitivas e combinação nos preços de leite em pó. No valor total de US$ 109 milhões, a multa é a maior já aplicada no país com base na lei antimonopólio, segundo a agência estatal Xinhua.

A punição, segundo o governo, é resultado de uma investigação que teve quatro meses de duração. As empresas envolvidas disseram que não vão contestar as penalidades.

Entre as marcas estrangeiras estão as americanas Mead Johnson Nutrition e laboratórios Abbott, a afiliada da francesa Danone Dumex Baby Food, a cooperativa holandesa Royal Friesland Campina e a neozelandesa Fonterra.

A sexta empresa é a Biostime International, de Hong Kong.

Outras três marcas, segundo o informe, não sofreram punições porque "cooperaram com a investigação do governo, forneceram importantes evidências e tomaram medidas de auto-retifcação". Elas são a Wyeth Nutrition, subsidiária da Nestlé, a chinesa Zhejiang Beingmate e a japonesa Meiji Holdings.

Após o início das apurações, em março, pelo menos três estrangeiras --a Mead Johnson, a Dumez e a Nestlé-- chegaram a abaixar seus preços em 20%.

As marcas estrangeiras representam aproximadamente metade das vendas no país, embora cheguem a custar mais do que o dobro das marcas locais.

Elas se tornaram populares desde um escândalo envolvendo a industria chinesa, em 2008, quando seis bebês morreram intoxicados e outras 300.000 crianças adoeceram após consumirem produtos lácteos contaminado com a substância química melamina.

Segundo uma pesquisa do instituto Euromonitor, o mercado de produtos lácteos infantis movimentou US$ 12,7 bilhões em 2012. As projeções apontam que este mercado movimente de US$ 15,4 bilhões neste ano e US$ 18,4 bilhões em 2014.


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