O proprietário da pet shop Reptile Ocean, em Campbellton, no leste do Canadá, e dono da cobra que matou dois meninos no domingo (4), disse não ter ouvido nada, mas que a viu a "cena horrível" quando entrou no quarto de manhã.
Segundo a polícia, Noah Barthe, 5, e seu irmão Connor Barthe, 7, foram estrangulados pela píton africana, que tinha mais de quatro metros de comprimento e pesava cerca de 45 quilos.
"Eu achei que [os meninos] estavam dormindo. Até que eu vi o buraco no teto. Estava tudo caído. Então eu acendi a luz e eu vi aquela cena horrível, a e a cobra já tinha ido embora", disse Jean-Claude Savoie à emissora "BBC".
| Tim Jaques/Reuters |
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| Policiais em frente a pet shop Reptile Ocean, em Campbellton, no Canadá; a polícia investiga os motivos do acidente |
Os garotos passavam a noite no apartamento do melhor amigo, filho de Savoie. No imóvel, que fica sobre a pet shop, dormiam também, em quartos diferentes, o dono da Reptile Ocean e o filho dele, mas não foram atacados pelo animal.
Capturada pela polícia, a cobra, que estava há dez anos com Savoie, foi sacrificada e passará por autópsia para confirmar as hipóteses sobre as causas do episódio.
O sargento Alain Tremblay disse que foi iniciada uma "investigação criminal" para avaliar "todas as possibilidades".
"Estamos procurando evidências no apartamento para determinar exatamente como a cobra pôde entrar no sistema de ventilação", disse o sargento.
As primeiras investigações apontavam que a serpente havia escapado da pet shop. A polícia, porém, considera a hipótese de a cobra ter sido mantida em uma jaula de vidro no interior do apartamento --o que seria proibido, segundo especialistas.
A polícia apura ainda se Savoie seguia os requisitos para manter répteis na loja.
O vice-prefeito de Campbellton, Ian Comeau, disse à imprensa que, em vistoria feita há dois anos, o local apresentava licença para manter cobras e crocodilos.
Especialistas dizem que os seres humanos não são vistos como presas pelas pítons, mas que o animal provavelmente tenha ficado confuso.
David Rogrigue, diretor do Zoológico de Montreal, disse à agência France-Presse que o ataque é "difícil de acreditar... muito, muito extraordinário, e muito improvável".
Ontem, o vice-prefeito havia considerado o episódio uma "tragédia", e disse que a cidade, que possui cerca de 7.500 habitantes, "estava em choque" com o ocorrido.
| BBC | ||
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| Noah Barthe, 5, e seu irmão Connor Barthe, 7, que teriam sido estrangulados pela píton africana no Canadá |