Folha de S. Paulo


FBI aumenta o uso de táticas hacker para espionar suspeitos, diz jornal

O FBI (polícia federal americana) está aumentando o uso de táticas usadas por hackers para coletar informações de suspeitos, diz uma reportagem do "The Wall Street Journal" publicada nesta quinta-feira (1º).

Segundo o jornal, documentos judiciais e entrevistas com ex-agentes envolvidos nessas operações trouxeram detalhes sobre as ferramentas, que eram mantidas em sigilo.

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As táticas incluem o envio de "spywares" para computadores e smartphones através de e-mails ou links --procedimentos geralmente utilizados por hackers.

A tecnologia permite que investigadores ativem microfones e gravem conversas em celulares que utilizam o sistema Android, e pode ser usada também para ativar microfones e câmeras de laptops, sem que o dono do equipamento perceba.

Os programas permitem também transferência de arquivos, gravação de e-mails e de outras formas de comunicação, além de monitoramento contínuo de computadores.

A reportagem diz ainda que desde 2005 o FBI vinha utilizando "web bugs" (ícones ocultos em sites) que permitem coletar o endereço de IP (número de identificação de um computador conectado), listas de programas abertos e outros dados.

De acordo com um ex-agente, as táticas são usadas com ordem judicial, normalmente em casos que envolvam crime organizado, pornografia infantil e combate ao terrorismo.

O órgão desenvolve programas ou os compra do setor privado. O FBI e o Google não quiseram comentar a respeito, diz o jornal.


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