Folha de S. Paulo


Rum falso mata 11 e deixa mais de 60 hospitalizados em Cuba

Onze cubanos já morreram nesta semana e mais de 60 foram hospitalizados após beberem metanol industrial vendido como rum, afirmou à imprensa estatal nesta sexta-feira (2).

Na quarta, o Ministério da Saúde já havia divulgado a morte de sete pessoas e a internação de mais de 40 --o maior envenenamento em massa em pelo menos na última década.

A intoxicação começou segunda-feira no distrito de La Lisa, em Havana, depois que uma quantidade de álcool de madeira foi roubado de um depósito, segundo autoridades. Os mortos estavam na faixa dos 40 e 50 anos, de acordo com lista fornecida pelo ministério.

"Os afetados consumiram álcool de madeira vendido ilegalmente... que foi fornecido por dois indivíduos que trabalham no Instituto de Farmácia e Alimentação e retirado do depósito local", disse o ministério em comunicado.

Três suspeitos foram apreendidos pela polícia, mas não tiveram a identidade revelada nem foi divulgado sobre quais acusações eles respondem.

"O álcool de madeira é extremamente tóxico e causa dores de cabeça, náuseas, cegueira e morte", disse o ministério, incitando os moradores a procurar um médico se apresentarem sintomas.

Também conhecido como metanol ou álcool metílico, o álcool de madeira é vulgarmente utilizado como um solvente em laboratórios clínicos e como combustível ou anticongelante.

Desde o início dos incidentes, a mídia cubana tem divulgado histórias de pessoas envenenadas, alertas para as pessoas ficarem atentas ao que bebem e descrições médicas de como o metanol pode cegar rapidamente. Muitos sobreviventes disseram que o rum falso tinha gosto tão ruim que deram apenas alguns goles.

Enrique De La Osa - 31.jul.13/Reuters
Clínica em que vítimas do falso rum tiveram tratamento inicial antes de serem transferidas para um hospital em Havana
Clínica em que vítimas do falso rum tiveram tratamento inicial antes de serem transferidas para um hospital em Havana

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