A Câmara dos deputados dos Estados Unidos aprovou na noite desta quarta-feira (31) um projeto que estipula novas sanções ao petróleo do Irã e a outras indústrias do país.
A proposta passou por 400 votos a 20 e não cita a recente eleição de Hasan Rowhani nem seu apelo a uma melhora das relações do Irã com o mundo. Se aprovada, imporá restrições duras à economia do país, já afetada por sanções anteriores.
O projeto coloca na lista negra qualquer negócio das áreas de mineração e construção civil iranianas. Também corta em 1 milhão de barris por dia as vendas petrolíferas do Irã até 2014 --na primeira vez em que se fixa um número em um projeto de sanção-- e compromete os EUA com a extinção da exportação de petróleo do país asiático até 2015.
A implementação das novas restrições depende da aprovação no Senado e, depois, da chancela do presidente Barack Obama. A proposta é analisada como provocação da Câmara --tomada por maioria do Partido Republicano-- à Presidência.
Obama e parte dos democratas temem que novas restrições minem as receitas iranianas e comprometam o diálogo sobre o programa nuclear do Irã, justamente a dias de assumir um presidente com discurso mais moderado.
O petróleo é a maior fonte de renda do programa nuclear iraniano, tido como ameaça por Washington, que vê intenções de obter a bomba atômica. Teerã nega e defende que o programa não tem ambições militares, mas apenas propósitos de pesquisa e energia.