O Vaticano confirmou nesta segunda-feira que assinou um acordo com a Itália para trocar informações sobre movimentações bancárias e financeiras, a fim de evitar a lavagem de dinheiro. O pacto é mais uma medida aprovada pelo papa Francisco para diminuir a corrupção dentro da Santa Sé.
As mudanças no banco foram impulsionadas por uma série de escândalos envolvendo seus gestores. No dia 12, a Igreja Católica bloqueou as contas do ex-responsável pela Administração do Patrimônio da Sede Apostólica, Nunzio Scarano, acusado de lavar € 20 milhões (R$ 56 milhões) em 2012.
"A Santa Sé e a Cidade-Estado do Vaticano consideram muito séria a responsabilidade internacional contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, e a Itália é um parceiro especialmente importante para nós", disse o Vaticano em um comunicado.
Em entrevista durante a volta da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, o papa Francisco destacou as reformas no Instituto de Obras da Religião (IOR, o banco do Vaticano), como uma das principais iniciativas de seu pontificado.
Para ele, o banco deverá se tornar "honesto e transparente" e que ele vai ouvir o conselho de uma comissão formada para determinar se a instituição pode ser reformada ou deve ser fechada.
"Eu não sei como o IOR vai ficar. Alguns acham melhor que seja um banco, outros que seja um fundo, uma instituição de ajuda. Eu não sei. Eu confio no trabalho das pessoas que estão trabalhando sobre isso", disse.
Com informações de FABIANO MAISONNAVE, enviado especial a Roma.