Folha de S. Paulo


Ex-colônia do Reino Unido, Iêmen tem cópia do Big Ben

É preciso imaginação para o visitante, sob calor de quase 40ºC e umidade de 70%, enxergar a Áden imperial que, durante a ocupação britânica, foi um dos portos mais movimentados do mundo.

Áden, entre a Índia e o mar Vermelho, era parada obrigatória entre o canal de Suez e os portos de Mumbai e Zanzibar, tornando-se ponto para o reabastecimento de carvão nos navios.

Iêmen enfrenta separatismo após derrubada de ditador

A presença britânica ainda aparece nas construções erguidas nos arredores da cratera vulcânica de Áden, diante do mar. Há uma réplica do Big Ben, ícone de Londres, no topo de uma montanha empoeirada.

Em 1967, o Reino Unido se retirou da cidade e a região declarou independência como Iêmen do Sul. Dois anos depois, uma facção marxista chegou ao poder e instituiu um governo apoiado por União Soviética e China.

Após uma série de disputas, esse Estado uniu-se em 1990 ao Iêmen do Norte, formando o atual país, que faz fronteira com a Arábia Saudita e com o Omã.

O acordo foi criticado por ter sido assinado sem discussão política e sem apoio popular. O sul se ressentia, também, da marginalização econômica.

Em 1994, a região de Áden declarou sua independência em relação ao norte, levando a uma guerra civil e ao que a população no sul considera ocupação de território.


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