Folha de S. Paulo


Acidente com avião em San Francisco pode deixar legião de paralisados, dizem médicos

Médicos afirmaram neste domingo (7) que pode haver grande quantidade de paralisados entre as mais de 180 pessoas atendidas em hospitais da região de San Francisco após o acidente com o voo da Asiana Airlines, no sábado (6).

Entre eles há uma "profusão de ferimentos abdominais e uma enorme quantidade de fraturas na coluna, algumas das quais incluem paralisias e traumas cerebrais", disse neste sábado a médica Margaret Knudson, do Hospital Geral de San Francisco.

Segundo ela, ao menos dois passageiros já têm diagnosticadas paralisias permanentes.

A ocorrência durante o pouso no aeroporto internacional de San Francisco deixou duas vítimas fatais em um total de 307 passageiros.

Embora relativamente baixo --especialmente quando se considera que o avião se chocou violentamente contra o solo mais de uma vez, segundo testemunhas, perdeu a cauda e um motor e depois pegou fogo e explodiu--, o número de baixas não deve ser celebrado pelas autoridades frente à gravidade das lesões sofridas por muitos dos feridos.

Segundo os médicos, muitas vítimas têm ferimentos que indicam que elas foram arrastadas pela pista de pouso, onde também foram encontrados os corpos das duas vítimas fatais.

Elas foram identificadas hoje pela Asiana Airlines como Ye Meng Yuan e Wang Lin Jia, duas estudantes chinesas, ambas com 16 anos, que viajavam aos EUA para passar férias.

Segundo Joanne Hayes-White, chefe do Corpo de Bombeiros local, 19 pessoas permanecem hospitalizadas, seis delas em condições críticas. Não há mais desaparecidos entre os 307 tripulantes do voo 214.

A empresa inicialmente descarta a hipótese de falha mecânica. "Até aqui, não acreditamos que tenha havido qualquer coisa errada com o B777-200 ou com seus motores", disse Yoon Young-doo, presidente da Asiana Airlines. Ele também pediu perdão pelo ocorrido: "Lamentamos profundamente ter causado o problema."

Passageiros relataram uma aproximação estranha do avião, que teria pousado em altitude mais baixa e com inclinação diferente do que as de costume.

Membros da empresa aérea chegaram neste sábado nos Estados Unidos para integrar equipe conjunta de investigação das causas do acidente com autoridades federais do país. As caixas-pretas do avião já foram encontradas e enviadas para análise.

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