Folha de S. Paulo


Presidente pró-WikiLeaks é uma das vantagens do Equador para Snowden

Embora o paradeiro de Edward Snowden, ex-técnico da CIA que revelou o esquema de monitoramento de dados de usuários de internet pelo governo americano, ainda seja desconhecido, acredita-se que ele esteja à caminho do Equador, para onde pediu asilo diplomático.

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A escolha de Snowden pelo país deve-se à resistência do Equador a pedidos de extradição, possível graças aos seus fortes laços regionais e o apoio econômico da China.

O presidente equatoriano, Rafael Corrêa, também já mostrou que não tem medo de se contrapor aos Estados Unidos e a Europa ao ter garantido asilo, em 2012, ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

Apesar disso, a figura de Corrêa é menos polêmica entre as autoridades norte-americanas que Nicolás Maduro (herdeiro político de Hugo Chávez na Venezuela).

No domingo, o WikiLeaks anunciou que estava ajudando Snowden a conseguir asilo "em uma nação democrática e por vias seguras".

Correia foi recentemente reeleito para mais quatro anos de mandato, então Snowden terá sua segurança garantida pelo menos até 2017 se conseguir chegar ao país.

FORAGIDO

Edward Snowden está foragido desde sábado (22), quando os Estados Unidos pediram sua extradição para que ele seja processado pelo vazamento das informações da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês). Segundo o WikiLeaks, Snowden saiu no domingo (23) de Hong Kong com destino a Moscou.

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, disse hoje que o delator está a caminho do país sul-americano, para o qual pediu asilo diplomático. Mais cedo, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, disse que avalia o pedido.


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